(*) Dr. João Marcos Alencar Barros Costa Monteiro
Antes de definirmos o bom político, faz-se necessário saber o real significado do termo política. Segundo Aurélio Buarque de Holanda, em seu dicionário da língua portuguesa, "Política é a ciência dos fenômenos relativos ao Estado; a arte de bem governar os povos; habilidade no trato das relações humanas".
Quando lemos a expressão "bem governar os povos", temos que traduzi-la no sentido literal, entendendo que nada mais é do que o sinônimo de supremacia do interesse coletivo, ou seja, não deve haver, em hipótese alguma, interesse particular, pelo simples fato de que a administração pública tem como único objetivo o bem comum da coletividade.
Se o administrador, no caso o político eleito, desvia-se desse objetivo, trai ou se afasta do mandato de que está investido. O desvio de sua função significa uma traição à confiança de todos os cidadãos, principalmente daqueles que foram às urnas e depositaram os seus votos, acreditando que seriam bem administrados. Portanto, quando há vaidade pessoal no jogo político ou qualquer tipo de interesse particular, percebemos que a política deixa de ser exercida de maneira imaculada e passa a ser desacreditada pelos próprios administrados. Temos, então, o que se denomina "politicagem", pelo próprio mestre da língua portuguesa, que a conceitua como sendo aquela "política mesquinha, estreita, de interesses pessoais". Lamentavelmente, em épocas de eleição, encontramos um conjunto de indivíduos pouco escrupulosos, desonestos, com discursos demagógicos, tentando passar uma figura de "o bom samaritano", a fim de conquistar o voto popular, mas na realidade pretendem lotear o serviço público, fazendo do sistema administrativo um cabide de empregos.
O homem, como considera Aristóteles, é um ser eminentemente político, com tendência inata para a vida em sociedade. Já os bons políticos são homens que verdadeiramente representam o Estado, detentores do dever de garantir a segurança da vida social, bem como o bem-estar coletivo; portanto, são aqueles despidos de qualquer tipo de vaidade pessoal e, em contrapartida, revestidos de um caráter visionário e humanitário, enquanto mandatários do povo, em busca, juntamente com seus assessores, de uma melhoria na área da saúde, da assistência social às classes menos favorecidas, do meio ambiente que, atualmente, encontra-se ameaçado, bem como da educação e cultura, que visa sempre a formação de uma sociedade mais justa e bem preparada aos avanços do progresso. Logicamente, o homem público, dentro de seu mister político, deve respeitar os limites orçamentários e fiscais de sua região, bem como as leis, resguardando o Estado Democrático de Direito.
Tendo ciência dessa definição, já podemos escolher com liberdade os nossos candidatos às próximas eleições municipais, votando com consciência nos verdadeiros e bons políticos. E quando falamos em liberdade, manifestamos que o nosso voto deve ser invendável, sem qualquer tipo de barganha, que possa configurar o crime de corrupção. O voto não tem preço e não pode ser comercializado de forma alguma, sob pena de iniciarmos uma má administração pública, eleita em meio a sujeiras e mentiras!
* O autor é advogado
Antes de definirmos o bom político, faz-se necessário saber o real significado do termo política. Segundo Aurélio Buarque de Holanda, em seu dicionário da língua portuguesa, "Política é a ciência dos fenômenos relativos ao Estado; a arte de bem governar os povos; habilidade no trato das relações humanas".
Quando lemos a expressão "bem governar os povos", temos que traduzi-la no sentido literal, entendendo que nada mais é do que o sinônimo de supremacia do interesse coletivo, ou seja, não deve haver, em hipótese alguma, interesse particular, pelo simples fato de que a administração pública tem como único objetivo o bem comum da coletividade.
Se o administrador, no caso o político eleito, desvia-se desse objetivo, trai ou se afasta do mandato de que está investido. O desvio de sua função significa uma traição à confiança de todos os cidadãos, principalmente daqueles que foram às urnas e depositaram os seus votos, acreditando que seriam bem administrados. Portanto, quando há vaidade pessoal no jogo político ou qualquer tipo de interesse particular, percebemos que a política deixa de ser exercida de maneira imaculada e passa a ser desacreditada pelos próprios administrados. Temos, então, o que se denomina "politicagem", pelo próprio mestre da língua portuguesa, que a conceitua como sendo aquela "política mesquinha, estreita, de interesses pessoais". Lamentavelmente, em épocas de eleição, encontramos um conjunto de indivíduos pouco escrupulosos, desonestos, com discursos demagógicos, tentando passar uma figura de "o bom samaritano", a fim de conquistar o voto popular, mas na realidade pretendem lotear o serviço público, fazendo do sistema administrativo um cabide de empregos.
O homem, como considera Aristóteles, é um ser eminentemente político, com tendência inata para a vida em sociedade. Já os bons políticos são homens que verdadeiramente representam o Estado, detentores do dever de garantir a segurança da vida social, bem como o bem-estar coletivo; portanto, são aqueles despidos de qualquer tipo de vaidade pessoal e, em contrapartida, revestidos de um caráter visionário e humanitário, enquanto mandatários do povo, em busca, juntamente com seus assessores, de uma melhoria na área da saúde, da assistência social às classes menos favorecidas, do meio ambiente que, atualmente, encontra-se ameaçado, bem como da educação e cultura, que visa sempre a formação de uma sociedade mais justa e bem preparada aos avanços do progresso. Logicamente, o homem público, dentro de seu mister político, deve respeitar os limites orçamentários e fiscais de sua região, bem como as leis, resguardando o Estado Democrático de Direito.
Tendo ciência dessa definição, já podemos escolher com liberdade os nossos candidatos às próximas eleições municipais, votando com consciência nos verdadeiros e bons políticos. E quando falamos em liberdade, manifestamos que o nosso voto deve ser invendável, sem qualquer tipo de barganha, que possa configurar o crime de corrupção. O voto não tem preço e não pode ser comercializado de forma alguma, sob pena de iniciarmos uma má administração pública, eleita em meio a sujeiras e mentiras!
* O autor é advogado
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